domingo, 31 de maio de 2009

Histórico

A área do Mendanha originou-se da antiga “Fazenda do Mendanha”.
O nome Mendanha tem sua origem vinculada ao primeiro proprietário daquela fazenda, o Sargento-Mor Luiz Vieira Mendanha , poderoso senhor de escravos e grande produtor de açúcar e aguardente. A fazenda Mendanha ganhou notoriedade devido ao fato de ter sido uma das primeiras terras cariocas a desenvolver-se no cultivo do café e, principalmente, porque de lá saíram grande parte das matrizes dos maiores cafezais fluminenses , que se alastraram pelo Vale do paraíba, até São Paulo, sendo responsável pela riqueza dessas áreas. As primeiras mudas de café chegaram a Campo Grande através do padre Antônio Couto da Fonseca, então proprietário da fazenda Mendanha, que as recebeu do Bispo Justiniano, um dos primeiros a cultivar o café no Rio de Janeiro.
Segundo os registros do IPLAN, a base da riqueza e do povoamento de Campo Grande ocorreu basicamente devido ao cultivo pioneiro do café . Outro fato que é responsável pela sua importância é ter pertencido a Francisco Freire Allemão, médico que devido ao reconhecimento que tinha como cientista na época, tornou-se o médico particular de D. Pedro II, entre outras funções públicas de relevo.
Entre os séculos XIX e XX, com ao Lei Áurea e a expressiva extinção dos cafezais, a região passa a ter destaque com a lavoura da laranja que parece ter atingido um grande surto por volta de 1926, quando aumentaram as possibilidades de exportação para a Europa Ocidental.
Com o fim do ciclo da laranja, decorrente da crise iniciada durante a Segunda Guerra Mundial, dá-se então início ao cultivo de outros produtos agrícolas e o aparecimento do primeiro loteamento.
Atualmente a população do Mendanha é composta por famílias vinculadas, em grande parte, ao trabalho agrícola na região. Ali habitam e trabalham pessoas de origem brasileira e de origem portuguesa. Grande parte dos portugueses são da Ilha da Madeira. Vale ressaltar que, mesmo em percentual menor, o elemento português exerce uma influência cultural muito grande na região. Sua participação, ainda que em menor número, é bastante expressiva, principalmente, quando consideramos que, dentre estes grupos, o dos portugueses revelam uma posição sócio-econômica melhor se comparada a situação dos grupos de brasileiros. De modo geral, o padrão sócio-econômico-cultural é considerado baixo. E assim, a realidade vivenciada, hoje, pela comunidade pouco reflete os méritos alcançados o passado ainda que a importância histórica da região esteja registrada durante o ciclo do café e da laranja

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